sexta-feira, 17 de outubro de 2008

Nossos cães


Fico boba com as coisas que vejo as pessoas fazerem com seus cachorros, na rua. Ou, ao menos, penso que vejo. É sempre útil lembrar que algumas coisas podem ser questão de interpretação de cada um. Vou tentar descrever os fatos, e você, tire suas próprias conclusões. Ontem, enquanto aguardava ser chamada para a conclusão de um serviço, numa loja de beira de calçada, observava a rua, através do blindex. Vi passar um casal de jovens, com seu cahorrinho shi tzu (aquele que é muito fofo, muito peludo e, em geral, malhado. Mas, "verdade verdadeira", parece mais um gremlin). Eles amarraram o cãozinho num ferro daqueles de estacionar bicicletas, e entraram na locadora de filmes, em frente. Ocorre que ontem fez um calor daqueles, e o estacionamento das bicicletas localizava-se debaixo do maior sol. Sol carioca de meio-dia! Não tinha nenhuma sombrinha. Dá para imaginar a temperatura da calçada?? O cachorro não conseguia ficar sentado. Ele sentava, levantava, descia uma espécie de meio fio sobre o qual estava. Subia de novo. Sentava e levantava, mais uma vez. A linguinha caída, quase nos ombros. Ele não latia, nem, tampouco se concentrava em olhar a porta da locadora. Como a gente vê alguns cães fazerem com ansiedade pela ausência dos donos. Não parecia ansiedade desse tipo. Era calor mesmo. Ah, morri de pena do bichinho.

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